22 DE AGOSTO - DIA DE CELEBRAR NOSSA CULTURA - DIA DO FOLCLORE -
- ilovenfermagemsaude

- 22 de ago. de 2023
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O Dia do Folclore é comemorado em 22 de agosto no Brasil. Essa data é destinada a celebrar e valorizar as tradições, crenças, histórias, mitos, lendas, costumes e expressões culturais transmitidas de geração em geração. O folclore é uma parte importante da identidade cultural de um povo e reflete suas raízes históricas e sociais.
Nesse dia, diversas atividades e eventos culturais são realizados para promover a conscientização sobre a riqueza do folclore brasileiro e mundial. Isso inclui apresentações de danças folclóricas, exposições de artesanato tradicional, contação de histórias populares, festas típicas e muito mais.
O Brasil é um país multicultural e diverso, com uma variedade incrível de tradições folclóricas, que incluem elementos indígenas, africanos e europeus. Algumas das manifestações folclóricas mais conhecidas no país são o Bumba Meu Boi, o Maracatu, o Fandango, o Cacuriá, as Festas Juninas, o Boi-Bumbá, entre outras. Cada região do Brasil possui suas próprias particularidades e tradições folclóricas, o que enriquece ainda mais a diversidade cultural do país.
SACI
O Saci é uma das mais conhecidas figuras do folclore brasileiro. Ele é um personagem lendário, geralmente representado como um menino negro de uma perna só, que vive nas matas e é conhecido por suas travessuras e brincadeiras. O Saci é parte integrante das tradições folclóricas do Brasil e desempenha um papel importante na cultura popular do país.
Principais características do Saci:
Uma Perna Só: O Saci é frequentemente retratado com apenas uma perna, o que o diferencia de muitas outras criaturas folclóricas.
Carapuça Vermelha: Ele usa um gorro vermelho que lhe confere poderes mágicos. A lenda diz que, se alguém conseguir pegar a carapuça do Saci, ele será obrigado a conceder um desejo em troca de sua liberdade.
Cachimbo: O Saci é frequentemente retratado fumando um cachimbo. A lenda conta que, quando ele coloca a fumaça dentro de uma garrafa, ele fica aprisionado até que alguém destampe a garrafa.
Brincalhão: O Saci é conhecido por suas brincadeiras e travessuras, como esconder objetos, assustar animais e pessoas, criar ilusões e fazer coisas inusitadas.
Protetor da Natureza: Embora seja um personagem travesso, o Saci também é visto como um guardião das florestas e matas, mantendo o equilíbrio natural.
O Saci tem uma presença forte na cultura brasileira, sendo frequentemente mencionado em histórias, lendas, livros, peças teatrais, músicas e outros meios de expressão. Além disso, é um personagem popular nas celebrações do Dia do Folclore no Brasil, onde crianças e adultos muitas vezes se vestem como Sacis usando a carapuça vermelha característica. Assim como muitos outros elementos do folclore, o Saci é mais do que uma simples lenda; ele é uma forma de conexão com as raízes culturais do país, uma maneira de transmitir valores, tradições e histórias ao longo das gerações. CURUPIRA
O Curupira é uma figura lendária do folclore brasileiro, conhecida por ser um guardião das florestas e das criaturas da natureza. Ele é descrito como um ser sobrenatural com características únicas que o ajudam a proteger os ecossistemas naturais das matas e a punir aqueles que desrespeitam o equilíbrio ambiental.
Principais características do Curupira:
Cabelos Vermelhos: Uma das características mais distintivas do Curupira é a cor de seus cabelos, que são vermelhos ou de cor avermelhada.
Pés Invertidos: O Curupira é conhecido por ter os pés voltados para trás, o que confunde quem tenta segui-lo ou rastreá-lo. Essa característica é útil para evitar que caçadores e intrusos invadam a floresta.
Protetor da Natureza: Assim como o Saci, o Curupira é um guardião da natureza e dos animais. Ele é responsável por proteger os animais e as plantas das ameaças humanas e por punir aqueles que caçam excessivamente, desmatam ou perturbam os habitats naturais.
Travessuras e Ilusões: O Curupira é conhecido por suas brincadeiras e truques, como criar ilusões visuais para desorientar aqueles que se aventuram na floresta.
Silvo Assustador: Diz-se que o Curupira emite um silvo assustador ou um uivo que pode ser ouvido na mata, alertando os animais sobre a presença de caçadores ou outros perigos.
A lenda do Curupira é uma maneira de promover a importância da conservação ambiental e do respeito pela natureza. Ele representa a conexão profunda entre os povos tradicionais e as florestas, e como o equilíbrio entre humanos e o ambiente é crucial para a sobrevivência de todas as formas de vida. Assim como muitas outras figuras do folclore brasileiro, o Curupira é uma parte viva da cultura popular, sendo mencionado em histórias, contos, peças teatrais e outras formas de expressão artística. Ele também é frequentemente destacado nas celebrações do Dia do Folclore no Brasil.
A MULA SEM CABEÇA
A Mula Sem Cabeça é uma figura lendária do folclore brasileiro que combina elementos da cultura portuguesa e indígena. Essa criatura é conhecida por sua aparência assustadora e pelas histórias que a cercam. A lenda da Mula Sem Cabeça é frequentemente contada como um conto de advertência, destacando as consequências negativas de certos comportamentos e ações.
Principais características da Mula Sem Cabeça:
Aparência Assustadora: A Mula Sem Cabeça é descrita como um animal híbrido, com o corpo de uma mula e um fogo intenso no lugar da cabeça. Esse fogo é frequentemente descrito como azul ou vermelho, e ele emana fumaça e chamas.
Origem Maldita: Segundo a lenda, a Mula Sem Cabeça seria o resultado do castigo de uma mulher que tinha relações amorosas com um padre. Como punição por seus pecados, ela teria sido amaldiçoada a se transformar nessa criatura horrível durante a noite.
Aparições Noturnas: A Mula Sem Cabeça geralmente é associada a aparições noturnas, principalmente durante os períodos de lua cheia. Ela é muitas vezes vista galopando pelas estradas desertas e áreas rurais, soltando seus relinchos aterrorizantes.
Efeitos Maléficos: A lenda adverte que qualquer pessoa que testemunhar a aparição da Mula Sem Cabeça ficará amaldiçoada ou sofrerá algum tipo de desgraça. Acredita-se que o encontro com a criatura pode trazer má sorte, doenças ou até mesmo a morte.
A história da Mula Sem Cabeça serve como uma forma de alerta contra comportamentos considerados pecaminosos ou imorais. Além disso, ela é uma expressão cultural que destaca o folclore brasileiro e sua capacidade de transmitir valores e crenças por meio de histórias cativantes e às vezes assustadoras. Assim como outras figuras do folclore, a Mula Sem Cabeça é lembrada e celebrada em várias formas de expressão cultural, como histórias, canções, peças teatrais e festas tradicionais. Ela também é frequentemente explorada em festivais e eventos folclóricos que acontecem em várias partes do Brasil.
A SEREIA
As sereias são criaturas lendárias que aparecem em várias mitologias e folclores ao redor do mundo. Elas são frequentemente retratadas como seres metade mulher, metade peixe, com a parte superior do corpo sendo humana e a parte inferior sendo semelhante a um peixe. As sereias são associadas a corpos d'água, especialmente oceanos, mares, rios e lagos, e têm desempenhado papéis variados em diferentes histórias e culturas.
Principais características das sereias:
Aparência: A parte superior do corpo das sereias é humana, muitas vezes exibindo beleza e graça. A parte inferior é a de um peixe, geralmente com uma cauda escamosa. Sua aparência varia de acordo com as representações culturais, mas a ideia geral de uma figura metade mulher, metade peixe é constante.
Encanto e Sedução: Sereias são frequentemente retratadas como seres encantadores e sedutores, capazes de atrair os marinheiros e viajantes com sua voz melodiosa e aparência magnífica. Em muitas histórias, sua sedução pode levar à perdição daqueles que se deixam levar por seus encantos.
Mitologia e Histórias: As sereias aparecem em diversas mitologias, como a grega, a nórdica e a japonesa, entre outras. Cada cultura atribui significados diferentes a essas criaturas. Por exemplo, na mitologia grega, as sereias eram seres que atraíam marinheiros com suas canções para levá-los à morte.
Simbolismo: As sereias podem representar vários simbolismos, incluindo a dualidade entre a natureza humana e o mundo aquático, a tentação, o perigo dos elementos desconhecidos, a ligação entre o mundo terrestre e o subaquático, e até mesmo a força e independência feminina.
Criações Artísticas e Culturais: A imagem das sereias inspirou muitas criações artísticas, como pinturas, esculturas, literatura, música e cinema. Elas também são uma parte proeminente do folclore marítimo e das histórias contadas por gerações de marinheiros e pescadores.
As sereias são um exemplo fascinante de como as culturas humanas criaram histórias e mitos para dar significado ao mundo ao seu redor, explorando nossa relação com a água, a natureza e os mistérios do oceano. Sua presença perdura nas narrativas modernas e na cultura popular, continuando a encantar e intrigar pessoas de todas as idades. O BOTO
O boto é um animal muito conhecido e presente nas lendas e mitos das regiões amazônicas do Brasil e de outros países sul-americanos. Existem duas espécies principais de botos: o boto-cor-de-rosa (Inia geoffrensis) e o boto-tucuxi (Sotalia fluviatilis), ambos habitantes de rios e águas doces.
O boto-cor-de-rosa é o mais famoso e é facilmente reconhecido pela sua cor de pele, que varia entre o cinza e o rosa, e pelo seu focinho alongado. Ele é encontrado na bacia amazônica e em algumas outras regiões da América do Sul. O boto-tucuxi tem uma coloração mais acinzentada e é menor que o boto-cor-de-rosa. Ambas as espécies possuem papéis importantes nos ecossistemas aquáticos.
Na cultura popular brasileira, o boto-cor-de-rosa é frequentemente associado a lendas e mitos, sendo retratado como um ser encantado que se transforma em um homem bonito nas noites de lua cheia. Diz-se que ele sai do rio e vai às festas nas comunidades, conquistando a atenção das mulheres e engravidando-as. O mito do "Boto Cor-de-Rosa" é uma lenda romântica que explora o mistério e a sedução noturna.
Além das lendas, os botos também desempenham um papel importante nos ecossistemas aquáticos da região amazônica. Eles podem ser considerados "engenheiros" dos rios, já que sua presença afeta o equilíbrio das espécies e do ecossistema aquático, influenciando as populações de peixes e a circulação de nutrientes. No entanto, esses animais também enfrentam ameaças, como a degradação do habitat, a poluição e a pesca predatória.
Portanto, o boto não é apenas uma figura mitológica, mas também um componente importante da biodiversidade e da cultura das regiões em que vive. A preservação desses animais e de seus habitats é fundamental para manter o equilíbrio dos ecossistemas e para a conservação da rica herança cultural associada a eles.

O Dia do Folclore é uma oportunidade para reforçar a importância de preservar e valorizar essas expressões culturais, não apenas como um patrimônio histórico, mas também como elementos vivos que conectam as pessoas com suas raízes e identidade cultural. Além disso, a celebração do folclore ajuda a promover o respeito pela diversidade cultural e a compreensão entre diferentes grupos da sociedade.
Os personagens do folclore brasileiro, como o Curupira, o Saci e a Mula Sem Cabeça, frequentemente são retratados como guardiões da floresta e dos ecossistemas naturais. Essa característica reflete a profunda conexão entre a cultura popular e o ambiente em que essas histórias surgiram. Esses personagens não são apenas figuras mitológicas, mas também desempenham um papel simbólico na conscientização sobre a importância da conservação e do respeito pela natureza.
A ideia de que esses personagens são guardiões da floresta tem várias implicações:
Preservação Ambiental: Ao atribuir aos personagens do folclore a responsabilidade de proteger a natureza, as histórias enfatizam a importância de preservar os ecossistemas e a biodiversidade. Isso incentiva as pessoas a considerarem o impacto de suas ações no meio ambiente e a respeitar os recursos naturais.
Conexão Cultural: A tradição oral do folclore muitas vezes tem raízes nas culturas indígenas e tradicionais. Ao retratar esses personagens como protetores da natureza, as histórias reforçam a conexão entre a cultura das comunidades locais e o ambiente em que vivem.
Educação Ambiental: As histórias folclóricas podem ser uma maneira eficaz de transmitir mensagens de educação ambiental, especialmente para as gerações mais jovens. Ao associar esses personagens a valores de conservação e respeito pelo meio ambiente, os contos folclóricos têm o potencial de influenciar atitudes e comportamentos em relação à natureza.
Lição Moral: Muitas vezes, as histórias folclóricas apresentam lições morais e éticas. Ao retratar os personagens como guardiões da floresta, essas histórias ensinam sobre a importância de agir de maneira responsável e considerada em relação ao ambiente e a seus habitantes.
Em um contexto global de conscientização ambiental e necessidade de preservação dos ecossistemas, os personagens do folclore brasileiro que assumem o papel de guardiões da floresta desempenham um papel relevante. Eles ajudam a transmitir mensagens valiosas sobre a relação entre as pessoas e a natureza, promovendo a importância da sustentabilidade e da coexistência harmoniosa com o meio ambiente.
Nota do Autor: Devemos aprender com os personagens da nossa cultura a viver em harmonia com o meio ambiente e nos tornarmos também guardiões da floresta e dos ecossistemas naturais, aprendendo a importância de preservar os ecossistemas e a biodiversidade e nos conectando ao ambiente a nossa volta.
Folclore é o conjunto de tradições e manifestações populares constituído por lendas, mitos, provérbios, danças e costumes, que são passados de geração em geração. A palavra é originada do inglês, "folklore" significa sabedoria popular.
Recomendação de Leitura:
As obras do Sítio do Picapau Amarelo "é uma série de livros infantis do escritor brasileiro Monteiro Lobato. Eles foram publicados, pela primeira vez, entre os anos de 1920 e 1947 e narram as aventuras de Narizinho, Pedrinho (netos de Dona Benta, a dona do sítio), Emília (a boneca falante) e Visconde de Sabugosa (um sábio boneco feito de sabugo de milho)."
Veja mais sobre "Sítio do Picapau Amarelo" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/monteiro-lobato.htm
"◦ O saci (1921)
◦ Fábulas (1922)
◦ As aventuras de Hans Staden (1927)
◦ Reinações de Narizinho (1931)
◦ Viagem ao céu (1932)
◦ Caçadas de Pedrinho (1933)
◦ História do mundo para as crianças (1933)
◦ Emília no País da Gramática (1934)
◦ Aritmética da Emília (1935)
◦ Geografia de Dona Benta (1935)
◦ História das invenções (1935)
◦ Dom Quixote das crianças (1936)
◦ Memórias de Emília (1936)
◦ Serões de Dona Benta (1937)
◦ O poço do Visconde (1937)
◦ Histórias de tia Nastácia (1937)
◦ O Picapau Amarelo (1939)
◦ O Minotauro (1939)
◦ A reforma da natureza (1941)
◦ A chave do tamanho (1942)
◦ Os doze trabalhos de Hércules (1944)"
Veja mais sobre "Sítio do Picapau Amarelo" em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/monteiro-lobato.htm
Outras recomendações de leitura:
1. Macacos me mordam!, de Ernani Ssó. Ilustrações de Florence Breton
2. Mata: Contos do folclore brasileiro, de Heloisa Prieto. Ilustrações de Guilherme Vianna
3. Histórias à brasileira: A Moura Torta e outras, de Ana Maria Machado. Ilustrações de Odilon Moraes
4. Os meninos que viraram estrelas e outras histórias do Brasil, de Sávia Dumont. Ilustrações de Jô Oliveira
5. Nove monstros perigosos, poderosos, fabulosos do Brasil, de Flavio de Souza
6. Nas águas do Rio Negro, de Drauzio Varella. Ilustrações de Odilon Moraes
7. Quem tem medo de curupira?, de Zeca Baleiro. Ilustrações de Raul Aguiar
8. Viagem pelo Brasil em 52 histórias, de Silvana Salerno. Ilustrações de Cárcamo
9. Mula sem cabeça: A origem, de Ilan Brenman. Ilustrações de Marjolaine Leray
10. Minha querida assombração, de Reginaldo Prandi. Ilustrações de Rodrigo Rosa
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